Falando em rubricas, "O Novo Inquilino" do Ionescu é do cacete. Basicamente é um homem se mudando. O Eugenio trabalha com a linguagem e a perda do sentido das palavras e do diálogo a partir de uma porteira que fala para um homem que não quer ouvir. E os sentidos do que ela diz simplesmente vão se perdendo. E pouco a pouco os diálogos vão rareando enquanto as rubricas vão se tornando cada vez maiores.
Ionescu quase dirige a peça, mas não há o que fazer. A ação predomina da metade para o final com carregadores trazendo móveis para a casa do homem até ficar entulhado.
É muito divertido, sofisticado e simples ao mesmo tempo.
Será uma das minhas peças favoritas? Acho que não.
Mas é uma das mais interessantes. Isso sim.
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