domingo, 13 de junho de 2010

Do comentário do Baudrillard ou É Baudrillard e não Baudelaire, cacete

“Existem os falsários da nulidade, existe o esnobismo da nulidade, os que vão transformando nada em valor. Não podemos deixar agir esses falsários (...) existe uma estratégia comercial na nulidade.”
Baudrillard
O Complô da Arte

O complô do homem. Acredito que a arte seja constituída de camadas e que o homem tem a absoluta necessidade do poder quando não consegue provar a si mesmo que o ego não é o seu melhor bem material.
Assim, a arte busca uma compreensão universal tocando a partir do individual. Não digo uma compreensão formal, mas de relação com a obra. Seja o clássico reconhecível à primeira vista até a vivência e a busca das sensações do espectador, interator, outro lado da obra. Se não me toca, não é arte. Hoje podemos considerar desta forma já que o conceito de arte se encontra muito elástico. Porém nem tudo que me toca é arte.
Assim, uma forma de poder é afirmar que “eu posso enquanto você não pode”. Ao destituir uma obra das camadas mais superficiais e entrando diretamente nas camadas profundas que exigem um conhecimento técnico da coisa para a fruição da arte. Assim, transforma-se o leigo em ignorante. Esse ignorante se sente ignorante e se afasta da obra. E o ciclo vai ficando cada vez mais fechado.
Baudrillard é um pouco radical. Mas no fim das contas criou polêmica. Polêmica faz pensar. Pensar sempre funciona.

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