domingo, 13 de junho de 2010

Da poesia a partir da estrutura ou Do poema das Palavras Confusas que Falam de Alguém próximo

esta boca de onde nascem feras e falos / e lábios que cortam os rumos da cintura, púbis, pênis, mais do que lançar minhas coxas e seu pescoço / sonho caçar as mulas que habitam pântanos nas orelhas pra dizer um potro de pedra mais que medra é todo campo que rumina nos campos de abandono: longe um lobo eu no escuro / um lobo eu faminto distante, mais distante que a distância de nós, esmo com um rio com mil poços e mil peixes sou este que brame no desespero de cigarra um grilo com aquele cricri e depois / pára

poesia de alguém cujo nome eu não lembro mas que espero poder sanar esta dúvida em breve

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aquele olhar do qual fogem moinhos e universos / e luzes que cegam os caminhos do medo, horror, solidão, mais do que despertar suas paixões e suas mágoas / podes pegar as marcas que rasgam paredes nos quartos pra buscar uma linha de lógica menos oculta dando todo rosto que chora nas miras do cansaço: perto uma perda tua na dor / uma árvore ela solitária seca, menos sozinha que o controle do vós, claro com uma cria com três asas e cinco olhos é aquele que busca no excesso da perfeição um defeito com esse olhar e depois / perde

poesia de Pedro Maia - inspirada estruturalmente na poesia anterior cujo autor ainda não sei o nome. Aceito comentários e sugestões sobre o nome.

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