terça-feira, 15 de junho de 2010

Da apresentação do caderno ou Da solidão da lata n'ATTs da vida



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Eu tenho dificuldades em me expor, logo, fiz um blog. Ninguém vai ler mesmo né.
Foram trabalhos muito interessantes de entrega de caderno, fiquei realmente emocionado. Gostaria de falar alguma coisa, dizer, dançar ou gritar mas fiquei calado babando, coo faço habitualmente com tudo. Vai ver por isso eu sou ator. Porque tem algum lugar no mundo que eu não preciso pensar duas vezes pra me mostrar. Esse lugar está em mim mesmo, só preciso visitá-lo um pouco mais além dos palcos.

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Performance em uma escola de artes. Acho que perde potência. É uma relação complicada. Hoje mesmo eu cheguei no meu andar pra fazer aula e preparar a minha intervenção espacial (que não teve lá grande potência, aliás. Mas vou pensar em algo melhor) e no final do corredor havia uma menina nua na porta de outra sala. Eu olhei e pensei "Ah, é uma performance de alguma aula" e segui a minha vida. Depois havia uma menina com um boneco inflável e um vibrador enorme embutido e eu pensei a mesma coisa. É algo a ser pensado. Ou pelo menos me fez pensar. Como potencializar a obra de arte em um lugar acostumado com a contestação?
É óbvio que é um lugar seguro pra exercício. Mas me fez pensar. Talvez em como trabalhar com o invisível individual.

Ao mesmo tempo, li minha poesia para alguém e toquei a pessoa. O trabalho do lírico, no mesmo lugar mas na esfera individual. Me emocionei também com a reação. Fiquei feliz em tocar alguém assim. Se alguém consegue tocar um outro pelo menos algumas vezes na vida, então o trabalho de viver e andar sem mudar de sapatos por aí vai ter valido a pena.

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